Já regressaram três quartos dos portugueses no estrangeiro que pediram para voltar
07-04-2020 - 16:37
 • Lusa

Chefe da diplomacia portuguesa diz que foi dedicada “especial atenção aos estudantes Erasmus e, à data de hoje, mais de quatro centenas de estudantes que pediram apoio às autoridades portuguesas para regressar o conseguiram fazer”.

Cerca de 3.700 cidadãos portugueses que se encontravam no estrangeiro, três quartos dos que pediram apoio para regressar devido à pandemia da Codiv-19, já estão em Portugal, anunciou esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Numa mensagem no Twitter, Augusto Santos Silva fez o ponto da situação do “apoio ao regresso dos portugueses retidos no estrangeiro por voos cancelados, ligações encerradas ou mesmo fronteiras fechadas”.

Nas últimas semanas, prosseguiu o governante, o regresso destes portugueses exigiu um trabalho que envolveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros e toda a rede diplomática e consular portuguesa, um pouco por todo o mundo.

“Já resolvemos mais de três quatros dos pedidos de apoio que tinham sido solicitados. Isso significa cerca de 3.700 portugueses, viajantes ocasionais, turistas, que puderam regressar ao nosso país”, declarou.

Segundo Augusto Santos Silva, a diplomacia portuguesa dedicou “uma especial atenção aos estudantes Erasmus e, à data de hoje, mais de quatro centenas de estudantes que pediram apoio às autoridades portuguesas para regressar o conseguiram fazer”.

Isto significa, adiantou o ministro, que "a quase totalidade dos pedidos de apoio desses estudantes está hoje resolvida”.

“É um esforço muito importante porque implicou ajudar ao regresso de nacionais portugueses que estavam na Europa, como na América, África, na Ásia ou na Oceania”.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, “este trabalho ainda não está concluído”.

E ressalvou: “Só quando 100% dos portugueses que pediram apoio tiverem a situação resolvida é que nós descansaremos”.

A Covid-19 fez até esta terça-feira 345 mortos em Portugal e 12.442 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 696 mil infetados e mais de 53 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 10.994 mortos, são o que contabiliza mais infetados (368.449).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.740 casos e regista 3.331 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 32 novos casos, todos oriundos do exterior.

Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 8.911 mortos (98.010 casos), Reino Unido, 5.373 mortos (51.608 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 1.434 mortes (95.391 casos).

O número de mortes devido à Covid-19 em África subiu para 487, num universo de 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.