O parlamento de Espanha vota esta quinta-feira a investidura do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro da nova legislatura espanhola, saída das eleições de 23 de julho.
Sánchez tem, à partida, o "sim" de uma maioria absoluta de 179 deputados de oito partidos, numa "geringonça" de formações de esquerda e direita, regionalistas, nacionalistas e independentistas.
No debate parlamentar, na quarta-feira, Pedro Sánchez justificou a amnistia de independentistas catalães como a via para recuperar a convivência entre os espanhóis e também a forma de garantir um governo "de progresso" em Espanha face à ameaça da "direita reacionária".
Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular espanhol (PP, direita), a maior formação no parlamento de Espanha, disse, por seu turno, que a reeleição de Sánchez nasce de uma fraude e de "corrupção política".
Os acordos para a viabilização do governo que o PSOE assinou com os dois partidos catalães têm estado no centro de polémica e protestos, por incluírem uma amnistia para as pessoas envolvidas no movimento independentista da Catalunha entre 2012 e 2023, que teve como auge uma declaração unilateral de independência em outubro de 2017.
O partido socialista (PSOE) foi a segunda força mais votada nas legislativas e vai assumir o governo em coligação com o Somar, uma plataforma de formações de esquerda e extrema-esquerda, liderada pela atual ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.
O novo governo vai ser viabilizado esta quinta-feira, no parlamento, por mais seis partidos: Coligação Canária (CC), Bloco Nacionalista Galego (BNG), Juntos pela Catalunha (JxCat), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), EH Bildu (do País Basco) e Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol).