A China tentou esta sexta-feira amainar as tensões com os Estados Unidos depois de um balão chinês ter sobrevoado uma parte do território norte-americano, dizendo lamentar o incidente e explicando que o balão usado para investigação civil relacionada com o clima "se desviou da rota planeada".
A explicação do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros surgiu depois de o Pentágono ter divulgado na quinta-feira que detetou um "balão de espionagem para recolha de informações, provavelmente enviado pela República Popular da China", a sobrevoar o estado do Montana, que concentra cerca de 150 silos com mísseis balísticos intercontinentais.
Pequim começou por dizer que precisava de avaliar as alegações das autoridades dos EUA, antes de o MNE chinês ter invocado um "erro inocente" esta manhã.
"O balão pertence à China e é usado para investigação, sobretudo meteorológica", adiantou uma fonte não identificada da diplomacia chinesa em comunicado.
"Afetado pelos ventos do Oeste e com capacidades limitadas de autodireção, o objeto aéreo desviou-se largamente da rota planeada. O lado chinês lamenta a entrada não intencional do balão no espaço aéreo dos EUA por force majeure."
A expressão "force majeure" refere-se a uma violação causada por forças que escapam ao controlo dos envolvidos.
Sob pressão dos republicanos para responder em força ao incidente, a administração de Joe Biden ainda não reagiu às explicações da China.