Propinas de alunos de medicina perdoadas por doação histórica
27-02-2024 - 17:38
 • Renascença

A doação de mil milhões de dólares foi feita por uma professora benemérita, de 93 anos.

Uma faculdade de medicina de Nova Iorque, nos Estados Unidos, recebeu uma doação histórica de mil milhões de dólares (cerca de 920 milhões de euros) de uma ex-professora benemérita, que pagará perpetuamente as propinas aos alunos inscritos.

A Faculdade de Medicina Albert Einstein, no bairro do Bronx, recebeu a doação de Ruth Gottesman, uma ex-professora de 93 anos, revelou o jornal "The New York Times". A doação é a mais alta alguma vez oferecida a uma faculdade de medicina no país.

“Estou feliz em partilhar convosco que, a partir de agosto deste ano, a Faculdade de Medicina Albert Einstein será gratuita”, anunciou Gottesman, num vídeo publicado na rede social X na segunda-feira.

No vídeo divulgado pelo Montefiore Health System, vêem-se as reações dos alunos da faculdade, que exclamaram de entusiasmo, ou ficaram de boca aberta, incrédulos.

Os alunos que atualmente frequentam o quarto ano serão reembolsados a propina do semestre da primavera de 2024. A partir do outono, todos os alunos receberão aulas gratuitas.

Yaron Tomer, o reitor da Universidade, afirma que "esta doação revoluciona radicalmente a nossa capacidade de continuar a atrair estudantes que estão comprometidos com a nossa missão, e não apenas aqueles que podem pagar".

"Além disso, libertará e elevará os nossos estudantes, permitindo-lhes prosseguir projetos e ideias que de outra forma poderiam ser proibitivos. Seremos relembrados do legado que este presente histórico representa a cada primavera, à medida que enviamos outra classe diversificada de médicos por todo o Bronx e ao redor do mundo para fornecer cuidados compassivos e transformar as suas comunidades."

Ruth Gottesman trabalhou na faculdade há mais de cinco décadas, onde desenvolveu novas modalidades de diagnóstico e tratamentos para crianças com dificuldades de aprendizagem. Também dirigiu um programa de alfabetização de adultos.

O dinheiro de Gottesman foi herdado do falecido marido, que era investidor em ações, e que, quando morreu, em 2022, lhe deixou uma carteira de ações considerável com instruções para "fazer o que achasse certo com ela". Gottesman disse ao "The New York Times" que soube imediatamente o que queria fazer com os fundos. “Eu queria financiar os alunos do Einstein para que tivessem propinas gratuitas”, disse.

A Faculdade de Medicina Albert Einstein foca-se em desenvolver pesquisa médica, educação e investigação clínica. Tem 1.070 alunos, 239 bolsas para investigadores, e mais de 2.000 professores em tempo integral.