Os trabalhadores da Agência noticiosa Lusa estão este domingo a cumprir o último de quatro dias de greve em luta por salários condignos. Reivindicam um aumento de 120 euros, “menos de 10 euros por cada um dos 12 anos sem aumentos salariais”.
Na sexta-feira, os trabalhadores da empresa estatal entregaram ao primeiro-ministro uma carta aberta a pedir para aumentos salariais. Mas António Costa não deu resposta ao pedido.
Em comunicado, os trabalhadores da Lusa notam que, no sábado, enquanto secretário-geral do PS, António Costa disse que “é preciso que a economia cresça para os salários crescerem, mas o crescimento dos salários faz também crescer a economia”, sublinhando que “é mesmo nos salários que deve assentar a política de rendimentos”.
E por isso acusam: “O Governo é o primeiro a dar o mau exemplo ao setor privado, quando, por exemplo, deixa de fora das suas medidas os trabalhadores do setor empresarial do Estado.”
No entender dos grevistas, os quatro dias de paralisação revelaram-se muito positivos “não só pela adesão acima dos 90%, mas também por terem levado a Direção de Informação a fechar a linha noticiosa”.