Não está posta de parte uma greve geral, mas os enfermeiros lembram que as paralisações parciais podem parar assim que o ministro da Saúde quiser.
Depois do Algarve, agora o IPO de Lisboa. Os enfermeiros exigem a contagem de todos os pontos dos anos de serviço para progressão na carreira e retroativos a 2018.
À Renascença, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, admite que há muito esperam uma palavra de Manuel Pizarro, numa luta que pode endurecer.
“Qualquer greve pode ser suspensa a qualquer altura desde que o ministro convoque a reunião que já foi solicitada, desde o início do mês de janeiro, e que se disponibilize para negociar e resolver problemas com que os problemas estão confrontados”, diz Guadalupe Simões.
Questionada sobre se a ausência de resposta pode endurecer a luta dos enfermeiros, a sindicalista responde afirmativamente, reafirmando que “se se mantiver este não diálogo por parte do ministério da Saúde com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses na perspetiva da resolução dos problemas não nos deixam nenhuma alternativa se não continuar a lutar e, portanto, endurecer as formas de luta caso seja necessário” e admite mesmo uma greve geral.
Mas antes os enfermeiros querem tentar todos os esforços para dialogar com o ministro da Saúde e lembram que até dia 23 mantém as paralisações parciais. Depois até se podem juntar à greve nacional dos médicos marcada para 8 e 9 de março.
“Naturalmente que será sempre possível haver greves conjuntas tendo como denominador comum a defesa do Serviço nacional de Saúde”, admite.
Não adiantado sobre quanto tempo mais estão os enfermeiros disponíveis a esperar, Guadalupe Simões diz que “já é tarde o facto de o Ministério da Saúde não agendar a reunião, mas aguardamos que isso possa acontecer a breve prazo”.
“Caso não aconteça, cá estaremos para decidir o que fazer imediatamente a seguir”, avisa.
Para já os enfermeiros realizam greves parciais. Hoje a paralisação é no IPO de Lisboa, entre as 8h e as 12h.