A autarquia de Vila Real manifesta, em comunicado, a sua “profunda preocupação” com as notícias vindas a público recentemente, dando conta da intenção da TAP Air Portugal em retomar a sua atividade, excluindo praticamente o Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
“O Aeroporto Francisco Sá Carneiro não é o aeroporto do Porto ou da Maia”, afirma o município vilarealense, considerando que “o Aeroporto Francisco Sá Carneiro é uma porta de entrada no norte da Península Ibérica, com um impacto muitíssimo relevante na atividade turística e económica da Área Metropolitana do Porto, mas também da Galiza, do Interior Norte, do Douro, do Eixo Atlântico, enfim, de um território muito vasto”, afirma a autarquia de Vila Real.
O Município de Vila Real diz-se “ciente das dificuldades que os setores de atividade ligados à hotelaria e turismo estão a atravessar” e afirma “não pode aceitar que a empresa transportadora aérea que carrega o nome de Portugal e que é detida em parte pelo Estado Português, se dê ao desplante de ignorar uma parte tão significativa do país”.
“O seu conselho de administração tem demonstrado, dia após dia, que a visão que tem para a TAP é absolutamente centralizadora, estrategicamente inconsequente e incapaz de defender os melhores interesses dos acionistas que são, em 50%, o próprio povo português”, acusa a autarquia, liderada pelo socialista Rui Santos.
O autarca defende que “mais importante do que afirmar o desacerto da decisão de privatização desta empresa, importa agora instar o Governo de Portugal, e em particular o Senhor Ministro Pedro Nuno Santos, a não ceder um milímetro na defesa dos melhores interesses da região Norte de Portugal e da Península Ibérica, impedindo mais um erro clamoroso do conselho de administração da TAP”.
“Não é aceitável que o Governo Português seja confrontado com a necessidade de avalizar injeções de capital significativas, que apenas servirão a população e a economia de Lisboa”, conclui o município de Vila Real.