Os democratas na Câmara dos Representantes entregaram esta segunda-feira um novo pedido de destituição do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump.
A resolução conta com apenas um artigo: acusa Trump de "incitamento à insurreição" pela sua intervenção nos acontecimentos que levaram à invasão do Capitólio pelos seus apoiantes, na semana passada, que provocou cinco mortos.
O documento que oficializa o pedido de "impeachment" do Presidente cessante destaca o papel de Donald Trump nos trágicos acontecimentos de 6 de janeiro, nomeadamente o seu discurso num comício que antecedeu a invasão do Capitólio.
O chefe de Estado, que perdeu as eleições de 6 de novembro para Joe Biden, fez declarações que "encorajaram e previsivelmente resultaram" nas ações ilegais praticadas pelos manifestantes.
Este é o segundo pedido de destituição de Donald Trump, que no início de 2020 foi absolvido de uma tentativa para influenciar a Ucrânia a investigar negócios do filho de Joe Biden na Ucrânia.
A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, pediu ao vice-presidente, Mike Pence, que acione a 25.ª emenda da Constituição, que permite o afastamento do Presidente.
Se Pence não o fizer no espaço de 24 horas, então, os democratas no Congresso de Washington apresentam o projeto de destituição no plenário da Câmara dos Representantes.
A imprensa norte-americana adianta que Mike Pence não estará disponível para afastar Donald Trump.
A tomada de posse do Presidente eleito Joe Biden está marcada para 20 de janeiro.
O ex-governador republicano do estado da Califórnia e ator, Arnold Schwarzenegger, publicou, no domingo, um vídeo no Twitter onde condena o ataque ao Capitólio norte-americano, na última quarta-feira. O ator criticou Trump e comparou os episódios de violência em Washington aos crimes cometidos pelos Nazis contra os judeus.