Em abril, os depósitos bancários das famílias diminuíram em mais 450 milhões de euros, ainda assim, o ritmo de levantamentos abrandou, segundo os dados nesta terça-feira publicados pelo Banco de Portugal.
Já as empresas, pelo segundo mês consecutivo aumentaram o dinheiro depositado, uma subida de 479 milhões. Mas dinheiro parado é dinheiro que não está a ser investido.
Crédito à habitação em travagem
Com o aumento dos juros, ficou mais caro pedir dinheiro emprestado, o que está a reduzir a procura.
Segundo o Banco de Portugal, abril registou uma contração, pelo terceiro mês consecutivo. A banca emprestou mais de 99 mil milhões para compra de casa, o que representa uma diminuição de 100 milhões de euros, face ao mês anterior.
Os pedidos de crédito ao consumo também estão em abrandamento.
Empresas adiam investimentos
Segundo estes dados, nas empresas, os pedidos de crédito estão em queda há quatro meses.
Em abril, registou-se uma descida homóloga de 1,6%, tendo este sido "o quarto mês consecutivo em que os empréstimos às empresas se reduziram relativamente ao mês homólogo do ano anterior”, diz o banco de Portugal.
As empresas que mais cortaram nos pedidos de crédito trabalham “nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras.”.
Esta não é, contudo, uma situação específica de Portugal, já que também na zona euro, estão a abrandar os empréstimos a famílias e empresas, segundo dados do Banco Central Europeu para março.