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O líder do PSD, Rui Rio, jogou ao ataque e à defesa na sua intervenção de análise às eleições presidenciais, esta noite de domingo.
Rui Rio começou por criticar duramente o PS, que considerou “derrotado antecipadamente” por “falta de comparência” nestas eleições. “Numa eleição tão importante como o de Presidente da República não conseguiu apoiar nenhum candidato, não se conseguiu rever em nenhum candidato, mas também não conseguiu encontrar um candidato e fomentar uma candidatura em que se visse representado”.
De resto, Rui Rio manifestou ainda a sua esperança de que Marcelo Rebelo de Sousa seja agora “um bocado mais exigente” com o Governo do que tem sido até agora.
De seguida alargou as críticas à esquerda, que considerou ter sido esmagada nas eleições. “Candidatos à esquerda, com os resultados que temos neste momento, não conseguiram passar muito para lá dos 20%. O que quer dizer que todos os outros que não são de esquerda terão votação somada de 75% ou mais. A vitória é do candidato do centro, nem da direita, nem da esquerda, é do Centro que é o candidato Marcelo Rebelo de Sousa. É absolutamente inequívoco. Nós não apoiámos um candidato de direita nem de esquerda, apoiámos um candidato moderado de centro”, considerou.
“A marca forte é um esmagamento claro da esquerda aqui e uma vitória fortíssima do candidato do centro.”
O ataque à esquerda continuou com os comentários sobre a prestação de André Ventura, que terá conseguido ficar em segundo lugar em muitos distritos do país e disputando o segundo lugar a nível nacional com Ana Gomes.
Rui Rio considera que o resultado de Ventura “não é uma votação brutal”, como se chegou a prever, e que por isso não é muito alarmante, mas recordou que, olhando para o mapa eleitoral, os votos de Ventura vieram em grande parte da extrema-esquerda.
“André Ventura é segundo classificado no Alentejo todo, fica à frente do PCP em Évora, Beja e Portalegre”, diz o líder do PSD, sublinhando que a extrema-direita conseguiu, assim, fazer o que o PSD nunca conseguiu naqueles distritos e em Setúbal, por exemplo.
Mas o líder do PSD jogou também à defesa, respondendo agora a críticas que foram feitas aos social-democratas quando estes chegaram a um acordo com o Chega nas eleições regionais dos Açores, recordando que nos Açores o Chega não passou do terceiro lugar, sem conseguir chegar sequer aos 10%, e dizendo que por isso não faz sentido acusar o PSD de ter promovido o crescimento do partido e do candidato.
e nos açores, onde o PSD tão criticado foi por fazer um acordo, fica em terceiro lugar, onde Marcelo tem das melhores votações.
Não está fechado, mas não consegue sequer o segundo lugar, que era para ele uma fasquia importante. Tem algum significado, é indiscutível, fica à frente do PCP no Alentejo, mas não e uma votaão brutal que dê para esse alarmismo.
Era de esperar que aparecesse uma coisa brutal, um srgundo lugar destacado e ele com aspirações a uma segunda volta. Eu não fico preocupado porque a votaão ao entro é de tal ordem esmagadora que relega a esquerda toda junta para os 20%
Um candidato tendo 10 ou 11% teve alguma votação de pessoas que em legislativas votam PSD, mas o mais marcante para mim, e que não pensei que fosse possível, é ver um candidato de extrema-direita a passar o PCP onde o PSD não tem conseguido passar. O PS está a ganhar nas sondagens com uma facilidade brutal, nas eleições é que tem sido mais complicado.
Em Setúbal o PSD nunca conseguiu ter uma câmara municipal e o candidato foi lá e ficou à frente do PCP. Agora, se quiserem continuar com os comentários a dizer que o que fez subir foi um acordo nos Açores onde ele não chega sequer aos 10%, metam a mão na consciência.