O fogo que começou no concelho de Odemira, distrito de Beja, já entrou na zona de Monchique, ameaça estender-se também a Silves, no Algarve. As autoridades tiveram que retirar preventivamente 17 pessoas.
"O resultado do trabalho dos operacionais no terreno começa a ver-se", com o fogo a "começar a ceder ao combate", mas "ainda há muitas horas de trabalho pela frente", "com pontos sensíveis e locais onde não é possível atuar", disse à Lusa, pouco antes das 5h30, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
No local combatem atualmente as chamas 671 operacionais, apoiados por 234 veículos, estando previsto o reforço de meios.
"Ainda temos alguns meios a caminho, que vão chegar nas próximas horas ao teatro de operações", disse o comandante Pedro Araújo.
O combate ao incêndio, que mantém duas frentes ativas, em mato e povoamento misto, de sobreiros, pinheiros e eucaliptos, está a ser dificultado pelo vento e pelos acessos difíceis.
"É um incêndio que é favorecido pelo vento que se faz sentir no local, mas também acompanhando a topografia nesta zona do território", uma "zona montanhosa, de acessos difíceis", explicou o comandante.
"Em alguns segmentos do incêndio, não existem acessos a meios terrestres", acrescentou.
As chamas já fizeram um ferido grave, um civil de 20 anos que sofreu queimaduras e foi transportado para o hospital, tendo ainda um bombeiro sido assistido no local, por ter sofrido uma entorse, disse anteriormente à Lusa fonte da ANEPC.
Os bombeiros receberam às 13h14 de quarta-feira o alerta para o fogo, que começou perto do lugar de João Martins, na freguesia de Sabóia, no concelho de Odemira.