O Governo está a estudar apoios ao setor das pescas, devido ao aumento do preço dos combustíveis, tal como já fez em outras áreas, adiantou à Lusa a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho.
"Estamos atentos à questão dos combustíveis e dos impactos que os combustíveis podem ter no setor", garantiu a governante, acrescentando que "os combustíveis são um custo fixo muito importante para a atividade das embarcações".
De acordo com a Teresa Coelho, houve já uma reunião entre o Governo e os diferentes representantes do setor, sendo que serão analisadas "as diferentes possibilidades de apoio".
"Estamos neste momento a ver se há alguma possibilidade de apoio e, havendo, como é que poderemos apoiar o setor", indicou sem avançar medidas concretas.
"Estamos numa fase de análise das possibilidades, sabemos que há segmentos da frota que são mais afetados do que outros e estamos nesta fase de análise dos impactos e das possibilidades de apoio", indicou.
Questionada sobre se poderiam conceder apoios semelhantes aos do setor dos transportes, Teresa Coelho disse que estão a ser estudadas "hipóteses que foram avançadas pelo próprio setor", de "apoios que seriam iguais para toda a frota".
A secretária de Estado salientou que, antes disso, é preciso saber "o impacto que tem sobre a frota" e de que forma se refletiu sobre o preço em lota.
A governante realçou que este ano, "de facto, o valor transacionado em lota é o mais elevado até este momento desde que há registos estatísticos sistematizados", dizendo que é preciso "perceber muito bem qual o impacto que os combustíveis estão a ter na atividade".
A secretária de Estado congratulou-se ainda com a decisão de aumentar a quota de bacalhau de 293 toneladas para 784 toneladas, indicando que no que diz respeito às possibilidades de captura da sardinha para 2022 a expectativa é "que aumentem", tendo em conta a "abundância da espécie".
A secretária de Estado falou ainda com a Lusa sobre o evento Expo Fish Portugal, que terá lugar na terça e na quarta-feira.
"É o maior espaço virtual para expor o pescado português e as atividades ligadas ao mar", garantiu, salientando que "esta feira vai centralizar a oferta de pescado nacional fresco e transformado num evento virtual que agrega comércio, investigação e inovação e é dirigido a profissionais nacionais e estrangeiros".
O certame terá "82 expositores e 25 empresas importadoras inscritas oriundas de 21 mercados internacionais que vão desde Espanha, Austrália, Letónia e Canadá ao Japão, Singapura, Tailândia", referiu a secretária de Estado.