O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalou "um aditamento importante" sobre a China no novo conceito estratégico da NATO e considerou que a Aliança quer "uma posição forte para chegar à paz" com a Rússia.
Em declarações aos jornalistas, à entrada para um Fórum Económico Portugal-Quénia, no antigo picadeiro real junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse esta quarta-feira que "o novo conceito estratégico da Aliança Atlântica, isto é, a sua posição em relação aos próximos anos pela primeira vez fala na China".
"É estranho, mas é verdade", observou o chefe de Estado.
"Agora é uma realidade, a NATO assume que a China é protagonista mundial e, portanto, tem de se definir em relação à China e, nesse sentido, há uma mudança ou, se quiser, há um aditamento importante na Cimeira da NATO e na posição estratégica da NATO", acrescentou.
O novo conceito estratégico da NATO, negociado na cimeira que está a decorrer em Madrid, ainda não foi oficialmente divulgado.
Quanto à Rússia, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Aliança Atlântica quer ter "uma posição forte para poder chegar à paz", que é também a posição "que está a ser seguida pela Federação Russa, e à qual responde a NATO".
Segundo o Presidente da República, "a Federação Russa subiu a parada" e em resposta "a NATO mostra que, sendo necessário, sobe a parada".