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Os diretores das escolas dizem que é urgente começar desde já a preparar o próximo ano lectivo. Esta semana na entrevista à Renascença, o Ministro da Educação disse que temos de nos preparar para uma conjugação entre ensino à distância e presencial, mas as escolas precisam de orientações claras e objectivas. O que nem sempre aconteceu nos últimos meses, relatou na comissão parlamentar de Educação o presidente do Conselho das Escolas.
José Eduardo Lemos falou mesmo em “documentos pouco claros que chegavam às escolas sem data e sem assinaturas”.
Nesta comissão parlamentar, David Sousa, da direção da Associação Nacional de Agrupamentos de Escolas referiu que é urgente essa definição porque as “escolas têm de passar deste ensino de emergência para um verdadeiro ensino à distância planeado e que possa complementar o presencial com as aulas pela televisão”.
Esta associação defende ainda que este ano, a título expecional, os manuais gratuitos devem ficar com os alunos e que a aposta deve ser nos manuais digitais.
Nesta comissão foram ouvidas ainda outras entidades do setor, num requerimento feito pelo PSD. O presidente do Conselho das Escolas, órgão consultivo do Ministério da Educação sublinhou o facto da falta de equidade no ensino que no seu entender está a agravar ainda mais as desigualdades entre os alunos.
José Eduardo Lemos criticou ainda o Ministério da Educação que não definiu a carga horária para todas as disciplinas neste regresso ás aulas presenciais para os alunos do 11º e 12º anos, levando a que “no final do ano letivo haja alunos que têm o dobro das aulas em relação a outros colegas”.
Quanto ao futuro o presidente do Conselho de Escolas diz que o ano lectivo não deve começar logo em setembro, mas mais tarde e o Governo tem de definir regras concretas nomeadamente a dimensão das turmas para os professores começarem a organizar o próximo ano letivo.