Um grupo de cidadãos submeteu um pedido de classificação do Prédio Coutinho como imóvel de interesse público. O pedido, entregue à Direção-Geral do Património Cultural, pretende evitar a demolição do polémico prédio em Viana do Castelo
"Portugal é um país pobre e um país pobre não se pode dar ao luxo de destruir habitação", defende o arquiteto Fernando Maia Pinto em declarações à Renascença. "Não se pode dar ao luxo de gastar centenas de milhões de contos para indemnizar, recolocar, adiar, pagar aos gestores, pagar aos arquitetos para eliminar habitação.”
A destruição do edifício está, neste momento, embargada por uma providência cautelar, depois de, em dezembro de 2014, o Tribunal Constitucional ter dado luz verde às expropriações levadas a cabo pela VianaPolis com o objetivo de demolir o prédio.
No edifício de 13 andares permanecem ainda 14 moradores, que continuam a lutar para que não vá abaixo. “Como pessoa que esteve sempre ligada à defesa do património, acho que não é válido o argumento do bom gosto e da boa arquitetura; não é suficientemente forte para proceder à destruição de dezenas de habitações”, argumenta Fernando Maia Pinto.
Para além de Maia Pinto, entre os promotores da iniciativa para a classificação do prédio Coutinho como imóvel de interesse público estão os ex-dirigentes do CDS-PP Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro, o jornalista Joaquim Letria e o professor catedrático Jorge Ribeiro de Melo.