A Associação de Profissionais da Guarda (APG) diz que a falta de meios nas equipas da GNR de combate a fogos está a pôr em risco a segurança dos operacionais, nos GIPS, os Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro.
De acordo com o jornal "Público", um email interno do comandante desta força especial da GNR, major Cura Marques, diz não ter os equipamentos necessários para trabalhar, pelo menos, até ao início de Junho - faltam luvas, fatos, telemóveis e até viaturas para combate aos fogos.
Em declarações à Renascença, César Nogueira, da APG, diz não estar surpreendido com este quadro: "Está tudo muito em cima do joelho, mas isso também já não é nada de novo."
"O ministério [da Administração Interna] tem prometido muita coisa, mas até agora, não temos visto nada. Os concursos, como sabemos, são demorados, mas, por isso, já deveriam ter ocorrido há um ano", acrescenta o dirigente da APG.
César Nogueira alude a situações em que a própria segurança dos operacionais está em risco, porque "os meios já deviam estar atribuidos ao GIPS".
"Está ainda a decorrer o curso e, para poderem praticar exercícios, os homens já deveriam ter equipamentos Tem havido alguns ferimentos, queimaduras, porque os fatos não são os adequados e isso pode pôr também em causa o trabalho no terreno", remata.