Os pais de Maddie McCann pedem a quem for de férias que leve cartazes da criança desaparecida desde 2007 para os afixarem por onde passarem. O apelo lê-se na conta de Facebook da campanha oficial lançada por Kate e Gerry McCann.
"Vai de férias? Por favor, considere usar as nossas etiquetas de bagagem e cartazes. Pode descarregar e imprimir em casa. Se afixar o cartaz, peça permissão primeiro. Obrigado por não desistir de Madeleine", divulgou a campanha "Find Madeleine" na rede social Facebook, onde várias pessoas já responderam ao repto, indicando que o vão fazer em países como Japão, Espanha ou nas Ilhas Barbados.
Mais de dois milhões de britânicos visitaram Portugal nos últimos três anos, mas muitos mais viajam anualmente para Espanha, França ou Itália.
Na página de Internet onde estão disponíveis cartazes em 17 línguas -- incluindo português, inglês, espanhol, árabe, dinamarquês, filipino, romeno, russo ou turco -- é explicado que "há muitos casos de crianças raptadas que foram encontradas e devolvidas às suas famílias, mesmo depois de longos períodos de tempo".
A mesma página alega que uma em cada seis crianças são recuperadas após serem reconhecidas num cartaz e que é por isso que a campanha decidiu lançar esta iniciativa.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de completar quatro anos, em 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve.
Nos 'posters', aparece a imagem da criança na altura e também retratos com a aparência que ela poderá ter agora, passados 12 anos.
"Estamos muito gratos a todos por descarregarem e afixarem um 'poster' - pode ser o cartaz que traz a Madeleine de volta a casa", lê-se no apelo.
A polícia britânica recebeu recentemente cerca de 300 mil libras (332 mil euros) para dar continuidade à investigação iniciada em 2012 e que, até agora, já custou perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).
A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e Robert Murat, um outro britânico que, à data do desaparecimento, vivia perto do local do desaparecimento.