França homenageia Camões com moedas de ouro e prata
29-10-2024 - 09:23
 • Renascença

Três moedas, duas de ouro e uma de prata, lançadas para celebrar a obra do poeta português. Preço de venda varia entre os 125 e os 3.200 euros.

O Monnaie de Paris (Casa da Moeda francesa) vai lançar moedas comemorativas em homenagem aos 500 anos do nascimento do poeta português Luís Vaz de Camões.

O valor das moedas varia entre os 20, os 50 e os 200 euros e a apresentação oficial aconteceu na embaixada de França, em Lisboa.

“A Monnaie de Paris celebra a literatura portuguesa com Luiz Vaz de Camões, poeta do século XVI, considerado uma das figuras literárias mais importantes da língua portuguesa", é o que afirma a institução cultural parisiense no anúncio oficial da escolha do poeta.

Destaque para a obra Os Lusíadas e por Camões ter sido um poeta que "relatou as explorações portuguesas e celebrou a grandeza da sua nação". Estas moedas podem ser compradas através do site da Monnaie de Paris e o preço de venda varia entre os 125 e os 3.200 euros.

As três moedas, duas de ouro e uma de prata, contam com vários elementos da escrita camoniana: em primeiro plano, o rosto de Camões, acompanhado por ondas e o símbolo-maior das aventuras marítimas portuguesas - a caravela. Na parte inferior da ilustração, está gravado o ano do nascimento e da sua morte, separados pelo brasão português.

Num apontamento mais promenorizado, a caravela traz representada “a Cruz da Ordem de Cristo, símbolo da nação portuguesa, assim como um emblema constituído por uma pena e uma espada, evocando os dezasseis anos que o autor passou no mar a viajar pelo Oriente".

"O olho direito, que perdeu numa batalha em Marrocos, aos 23 anos, está fechado”, descreve ainda a Monnaie de Paris. Se num lado está representado o simbolo mais caraterístico das navegações portuguesas, no outro está o elemento mais emblemático da poesia de Luís Vaz de Camões: a pena.

Com base na arte da L’Art de La Plume - a arte da pena -, estão gravadas algumas frases conhecidas da história da literatura, como por exemplo o “Ser ou Não ser, eis a questão”, de William Shakespeare, bem como o seu valor monetário.

A Monnaie de Paris, fuindada em 864, continua responsável por cunhar a moeda do Estado francês, mas também produz coleções temáticas para homenagear eventos ou personalidades no domínio histórico, cultural e político não só relacionadas com França, mas também de âmbito mundial, como é o caso de Camões.