A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destacou, este sábado, em Lisboa a importância da intervenção europeia na guerra na Ucrânia ou na ajuda humanitária e lembrou ainda a situação no Médio Oriente, onde diz que é preciso ir mais longe.
“É urgente fazermos mais para responder à catástrofe humanitária em Gaza, para levar a ajuda, para acabar com o terror, para trazer todos os reféns para casa, para travar o Hamas, para salvar vidas inocentes, proteger as infraestruturas civis e acabar com as hostilidades para permitir a assistência humanitária”, apelou.
Roberta Metsola, que está de passagem por Lisboa, diz ainda que “a Europa tem de mudar”, tem de se preparar para o futuro.
“Num mundo globalizado temos de nos manter competitivos, temos de distribuir melhor os fundos europeus e temos de proteger ainda melhor os mais vulneráveis. Isso significa que a Europa tem de mudar. A História mostrou-nos que o alargamento da União Europeia, baseado em objetivos claros, serve para defender a paz e a prosperidade na Europa. Precisamos também de reformas, porque o que serve para a União a 27 não serve para uma União a 30", afirmou.
A presidente do Parlamento Europeu, que este sábado participou num encontro do Conselho Estratégico do PSD, apelou ainda ao voto dos portugueses: “Envolvam-se com a União Europeia, em vez de a tomarem por garantida. Apresentem as vossas preocupações, se querem mudança. Peço aos portugueses que se preocupem, que participem, que votem, que se façam ouvir, porque a vossa voz conta.”
Roberta Metsola participou no Conselho Estratégico do PSD a convite de Luís Montenegro onde falou também dos desafios que a Europa vai enfrentar nos próximos tempos.
Metsola apelou este sábado em Lisboa para o fortalecimento do "centro político" para que os cidadãos não sintam a tentação de se refugiar "no cinismo fácil" dos partidos políticos dos extremos.
"Temos de ser capazes de construir um novo horizonte político, não devemos ter medo de navegar em águas agitadas, os europeus nunca tiveram medo de fazer o mais difícil", referiu, apelando a lideranças europeias fortes "com responsabilidade, ética" e contra "a corrupção e os populismos".
"Não tomem a União Europeia por garantida, expressem as vossas preocupações, o futuro de Portugal e da Europa será definido pela nossa capacidade de manter as pessoas nos corações das decisões", acrescentou.