As buscas realizadas esta segunda-feira de manhã na Câmara de Setúbal incidiram sobre "processos de contratação pública na área do urbanismo", revelou a autarquia, tendo a Polícia Judiciária (PJ) adiantado que não há para já arguidos constituídos.
Numa nota, a Câmara de Setúbal, presidida por André Martins (CDU), admite que os seus serviços foram alvo de buscas pela PJ "em processos relacionados com contratação pública na área do urbanismo".
"A Câmara Municipal está a dar toda a colaboração à PJ e dará todos os esclarecimentos necessários solicitados pelas autoridades competentes", acrescenta a autarquia.
Na nota, a câmara sadina remete ainda mais esclarecimentos para as autoridades policiais.
Logo após a conclusão das buscas, fonte ligada ao processo adiantou à agência Lusa que as buscas estão relacionadas com o processo de elaboração e adjudicação do mapa de ruído de Setúbal, quando o município era presidido por Maria das Dores Meira (CDU).
Segundo a mesma fonte, na origem das buscas realizadas hoje de manhã pela Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, nos Paços do Concelho do município sadino, está a suspeita de eventuais crimes de corrupção e de participação em negócio na elaboração do mapa de ruído da cidade, cujo processo começou em 2011, e que terá sido adjudicado em 2021, não por concurso público, mas por ajuste direto.
Em declarações à agência, o diretor da PJ de Setúbal, João Bugia, disse que foram apreendidos vários documentos na sequência destas buscas e que o processo em causa não tem arguidos constituídos para já.
As buscas à Câmara de Setúbal terminaram ao fim da manhã, tendo os inspetores da PJ abandonado os Paços do Concelho pelas 12h45.
Hoje de manhã, fonte oficial daquela autarquia tinha adiantado à Lusa que a PJ estava a fazer buscas no edifício dos Paços do Concelho relacionadas com "processos de contratação pública".
[notícia atualizada às 15h07 de 23 de janeiro de 2023]