Milhares de manifestantes pró-palestinianos juntaram-se no sábado em Brooklyn, o maior bairro de Nova Iorque, no oeste dos Estados Unidos, para protestar contra os bombardeamentos israelitas da Faixa de Gaza.
Desde o ataque de 07 de outubro do movimento islamita Hamas ao sul de Israel que Nova Iorque, onde vivem pelo menos 1,6 milhões de judeus e centenas de milhares de muçulmanos, tem sido palco de manifestações, comícios e vigílias a favor dos palestinianos ou de Israel.
No sábado, associações apelaram a uma maré humana para "inundar Brooklyn" e "pedir claramente a libertação, durante a nossa vida, de todos os palestinianos" que viveram "sob ocupação durante 75 anos", disse Abdullah Akl, um manifestante de 21 anos.
Nerdeen Kiswanil, organizador da manifestação, criticou o presidente da câmara de Nova Iorque, Eric Adams, por ter prometido "apoio incondicional" ao Governo de Telavive, em vários comícios pró-Israel.
Mas, para o ativista Kiswanil, as autoridades eleitas locais "não representam a cidade de Nova Iorque", um mosaico multicultural e religioso de quase nove milhões de habitantes, incluindo a maior comunidade judaica do mundo depois de Israel.
A multidão, que saiu do Museu do Brooklyn, chegou à famosa Ponte de Brooklyn, que liga o bairro à ilha de Manhattan. A polícia teve de fechar a ponte ao trânsito devido à multidão.
Na sexta-feira, centenas de pessoas foram detidas após um protesto a pedir um cessar-fogo em Gaza, organizado pelo grupo Voz Judaica pela Paz, que bloqueou a principal estação ferroviária de Nova Iorque.
No sábado, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se no centro de Londres para exigir que Israel termine a sua ofensiva em Gaza e que o governo do Reino Unido interceda para garantir um cessar-fogo na região.
Também em Paris houve milhares de pessoas a manifestarem-se a favor do povo palestiniano e contra os bombardeamentos de Israel em Gaza, apesar do Governo de França ter proibido o protesto devido ao risco de acabar em distúrbios.
Em Marselha, no sudeste de França, uma manifestação autorizada reuniu entre 1.800 pessoas (segundo a polícia) e 4 mil (segundo os organizadores).
Milhares de pessoas manifestaram-se, também no sábado, em várias cidades da Alemanha contra os bombardeamentos israelitas, incluindo cerca de 3 mil em Berlim, onde muitos dos protestos tinham sido proibidos por razões de segurança.
No mesmo dia, milhares de pessoas protestaram em várias cidades da Suíça contra a guerra em Gaza, incluindo 7 mil pessoas em Zurique, 2 mil em Lausana, 1.800 em Genebra e mais de mil em Berna.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5 mil feridos e 229 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre Gaza fizeram, desde então, pelo menos 7.703 mortos e cerca de 19 mil feridos no enclave palestiniano.