O Egito condenou Israel esta terça-feira por "não permitir a passagem de combustível" para a Faixa de Gaza pela fronteira de Rafah, por onde os estrangeiros retidos no enclave também não podem ser evacuados devido às "ameaças" israelitas.
Em conferência de imprensa, o diretor do Serviço de Informações do Estado e porta-voz do Governo egípcio, Dhia Rashwan, garantiu que "as autoridades israelitas continuam a insistir em não permitir a passagem de combustível" ou de "qualquer coisa para gerar energia ou eletricidade".
A Organização Mundial de Saúde alertou esta terça-feira que seis hospitais na Faixa de Gaza encerrarem por falta de combustível e outros dois suspenderam alguns serviços pelo mesmo motivo.
Denunciou ainda que a entrada de ajuda humanitária em Gaza tem sido limitada porque "as autoridades israelitas ameaçam bombardear os camiões" que atravessa para o lado palestiniano da fronteira de Rafah.
Ainda de acordo com Dhia Rashwan, os estrangeiros retidos da Faixa de Gaza também não podem ser evacuados por essa passagem devido "ameaças" das autoridades israelitas.
"Os trabalhadores da fronteira deviam proceder à evacuação destes estrangeiros, mas Israel diz que estes funcionários são terroristas e não o permitem", denunciou o porta-voz.
Por isso, prosseguiu, "o lado israelita está a ameaçar os funcionários palestinianos que geram a passagem de Rafah" e a "acusá-los de pertenceram ao Hamas", lembrando, ao mesmo tempo, que "todas as estradas da passagem são inseguras".
"As autoridades egípcias estão empenhadas em evacuar os estrangeiros de Gaza, mas Israel está a impedi-lo", insistiu Rashwan.