Os portugueses vão consumir este ano menos 4.225 toneladas de açúcar graças à taxação de bebidas açucaradas, que levou a indústria a vender alternativas mais saudáveis, disse o ministro da Saúde.
Adalberto Campos Fernandes falava na sessão de abertura da 1.ª Convenção de Alimentação Coletiva, que decorre em Lisboa, durante a qual sublinhou o sucesso desta taxação que, mais do que os impostos arrecadados, fez com que os portugueses ingerissem menos açúcar.
O sucesso da iniciativa levou o Governo a iniciar um trabalho de busca por outros caminhos, com vista ao combate ao excesso de gordura e sal em alimentos problemáticos, embora o ministro não tenha adiantado quais os alimentos visados nem a forma como a medida será aplicada.
"A matéria está a ser preparada", disse aos jornalistas à margem da convenção, acrescentando que gostaria que o caminho passasse pela autorregulação.
"Não queremos prejudicar o bom momento que a economia vive", disse, elogiando a atitude da indústria, que, perante a taxação dos seus produtos, "adaptou-se e gerou novos produtos mais saudáveis".
Desde o início do ano, cada garrafa de refrigerante com um teor de açúcar até 80 gramas por litro está mais cara.