O Prémio Sakharov deste ano vai para Alexei Navalny, o líder da oposição russa e ativista anticorrupção que se encontra a cumprir pena de prisão.
“A luta incansável contra a corrupção do regime de Vladimir Putin custou-lhe a liberdade e quase a vida. O prémio de hoje reconhece a sua imensa coragem. Reiteramos o apelo à sua libertação imediata”, afirma o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.
O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, nomeado em honra do físico e dissidente político soviético Andrei Sakharov, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu.
Vítima de um envenenamento com um agente neurotóxico em agosto de 2020, Alexei Navalny atribui a responsabilidade ao Kremlin, que rejeita qualquer envolvimento.
Militante anticorrupção e feroz crítico do Presidente Vladimir Putin, foi detido em janeiro deste ano, logo após o seu regresso à Rússia proveniente da Alemanha, onde permaneceu em convalescença durante cerca de cinco meses.
Em fevereiro foi condenado a dois anos e meio de prisão num caso de fraude ocorrido em 2014 e que o próprio, diversas organizações não governamentais (ONG) e várias capitais ocidentais consideram conter motivações políticas.
O Prémio Sakharov foi criado em 1988 para homenagear pessoas e organizações que defendem os direitos humanos e as liberdades fundamentais.
O prémio é entregue ao vencedor numa cerimónia durante a sessão plenária de dezembro, no dia 15.
Além de Alexei Navalny, os outros nomeados para o Prémio Sakharov 2021 eram um grupo de mulheres afegãs que lutam pela igualdade e pelos direitos humanos no Afeganistão e a ex-Presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.