A líder do CDS-PP desafiou esta sexta-feira o primeiro-ministro a rever o imposto sobre os combustíveis todas as semanas, mas António Costa reiterou que o compromisso feito foi de uma revisão trimestral.
No debate quinzenal no Parlamento, Assunção Cristas considerou "inadmissível" a baixa em um cêntimo do imposto e contestou: "Nestes três meses, os portugueses pagaram muito acima do que já lhes tinha sido imposto pelo aumento dos seis cêntimos. Justo seria devolver essa diferença”.
“Admito que seja muito difícil, mas pergunto-lhe: está disponível, ao menos, para rever o valor do imposto semanalmente, em linha com a informação semanal da Entidade Reguladora do Mercado de Combustíveis?", questionou Assunção Cristas, logo na abertura do debate quinzenal com o Governo.
Na resposta, António Costa afirmou que ninguém acreditou que o Governo descesse o imposto sobre os combustíveis, "porque nunca ninguém baixou esse imposto" e sublinhou que a variação entre Janeiro e Abril foi uma redução de quatro cêntimos, tendo o imposto sido reduzido de acordo com a compensação de receita do IVA, como tinha sido estabelecido.
A líder do CDS-PP contra-argumentou, dizendo que, quando os preços de referência dos combustíveis subiram 10%, desde o início do ano, o Governo baixou o imposto em 0,8%.
"É inadmissível, tal como é inadmissível esperar três meses por um ajustamento", reiterou.