O primeiro-ministro recusa a existência de atrasos na entrega dos equipamentos de proteção individual aos militares da GNR que vão combater os fogos, adiantando que poderá "estar tudo pronto" até meados de junho.
Intervindo no debate quinzenal com o primeiro-ministro no parlamento, a deputada Heloísa Apolónia aludiu a uma notícia do jornal “Público” dando conta de atrasos na entrega de equipamentos de proteção e outros meios aos militares da GNR que estarão no combate aos incêndios florestais.
"Pode pôr uma imensidão de homens e mulheres no terreno, mas se não lhe der as condições para atuarem no terreno, os equipamentos, os meios, as condições necessárias de intervenção, isso não vai valer de nada", disse a deputada, considerando que há razões para o país estar preocupado.
Na resposta, o primeiro-ministro considerou que não se trata de um atraso e sim de "dificuldades de uma ambição excessiva relativamente a ter tudo pronto no próximo dia 15" de maio.
"O que estamos agora a discutir é se é a 15, a 20 ou no final do mês ou se é em meados de junho", acrescentou, frisando que, independentemente do necessário reforço de meios humanos e de equipamentos para o combate aos incêndios, continuará preocupado.
"Mesmo quando os homens estiverem todos equipados, com luvas e equipamentos (...) vou continuar a estar preocupado porque a ameaça climática é imensa, o estado da floresta é o que é e o nível da limpeza é o que é. Eu continuarei preocupado durante todo o ano sobre esta matéria", frisou.
António Costa sustentou "é um esforço absolutamente extraordinário duplicar" em "poucos meses" a força GIPS (Grupo de Intervenção Proteção e Socorro, da GNR), que foi criada em 2006 com 300 elementos.