Um grupo de manifestantes protesta esta quinta-feira à tarde no Porto contra a escalada dos preços dos combustíveis.
Mais de meia centena de “lesados” estavam concentrados, pelas 18h30, na Avenida dos Aliados, num protesto pela “baixa imediata” dos combustíveis
“Reclamamos a baixa imediata dos combustíveis, porque o aumento que está a haver é incomportável para as famílias, indústria, agricultores, para todos”, disse à Renascença Pedro Jesus, um dos organizadores da manifestação.
Pedro Jesus não acredita que o Governo decida reduzir a carga fiscal sobre os combustíveis, que representa cerca de 60% do preço total, “mas temos de nos manifestar”, sublinha.
A manifestação no Porto acontece num dia de protestos em vários pontos de Portugal. A manhã desta quinta-feira foi marcada por protestos contra o preço dos combustíveis.
Em Lisboa, a Ponte 25 de Abril foi o local escolhido por muitos condutores para manifestar a sua revolta contra os sucessivos aumentos que têm deixado a gasolina e o gasóleo em valores recorde.
Ao longo da manhã ouviram-se buzinadelas, num protesto que foi divulgado em larga medida pelas redes sociais.
O aumento do preço dos combustíveis tem sido atribuído à retoma económica na China, depois de dois anos marcados pela pandemia, o que levou a uma maior procura de petróleo. Os preços têm subido universalmente, mas Portugal regista alguns dos valores mais altos da União Europeia.
A decisão do Governo de tentar mitigar a subida dos preços com a redução do ISP foi criticada como inútil por profissionais do setor dos transportes e como "ridícula" pelo presidente da ACP, enquanto Marcelo Rebelo de Sousa disse que é apenas uma "medida paliativa".