O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento vai realizar uma ação inspetiva ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
A inspeção acontece na sequência das denúncias dos farmacêuticos do Instituto de Oncologia, que apresentaram pedidos de escusa de responsabilidade por considerarem que “não estão reunidas as condições para a prestação de cuidados de saúde com a necessária qualidade e segurança”.
Em resposta enviada à Renascença, o Infarmed diz que já pediu esclarecimentos ao IPO sobre as condições em que são preparados os medicamentos e vai fazer uma ação inspetiva, para analisar a situação.
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, que na sexta-feira vai ser recebido pela presidente do conselho de administração do IPO, já tinha pedido a intervenção do Infarmed para garantir que estão asseguradas as boas práticas na preparação de quimioterapia.
Hélder Mota Filipe adianta que foi informado de que o Infarmed iniciou, de imediato, as diligências de averiguação necessárias, e a autorização do Conselho de Administração para realização de uma visita, com carácter de urgência, à farmácia hospitalar do IPO de Lisboa, para constatar, “in loco”, as dificuldades sentidas pelos profissionais que representa.
A diretora dos serviços farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Rute Varela, demitiu-se na passada sexta-feira, alegando escassez de meios. O Conselho de Administração aceitou a demissão e rejeitou qualquer risco de segurança para os doentes.
Já esta semana, todos os farmacêuticos do IPO de Lisboa apresentaram escusa de responsabilidade.