Enquanto, em Caracas, Nicolás Maduro discursava à nação enquanto “Presidente legítimo” e acusando o “Governo imperialista” norte-americano de “comandar uma operação para instalar um governo fantoche favorável aos seus interesses”, Donald Trump respondia, em Washignton, a perguntas dos jornalistas sobre o golpe na Venezuela, não descartando uma intervenção militar dos EUA no país.
Segundo o Presidente norte-americano, “todas as opções estão em cima da mesa”, ressalvando que, por agora, “não estamos a considerar nada”.
A intervenção militar foi igualmente ponderada por um alto funcionário da Administração Trump, que, citado por várias agências, a admitiu caso “Maduro e os seus lacaios escolham responder com violência e causar danos a qualquer um dos membros da Assembleia Nacional”.
Recorde-se que na tarde desta quarta-feira, e logo depois de Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder do partido oposicionista Vontade Popular, se ter autoproclamado Presidente interino do país, Donald Trump, através de um comunicado emitido pela Casa Branca, declarou o seu apoio a Guaidó, prometendo “"usar todo o peso diplomático e económico dos Estados Unidos para restaurar a democracia na Venezuela".
"O povo venezuelano falou de forma corajosa contra Maduro e o seu regime, e exigiram liberdade e Estado de direito", declarou o Presidente norte-americano
Também o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, lembrou que Maduro tem que deixar o poder "em favor de um líder legítimo [Guaidó], refletindo o desejo do povo venezuelano". O braço-direito de Trump apelou também aos militares venezuelanos e forças de seguranças que apoiem a democracia e protejam os cidadãos.