Este ano, as provas de aferição vão ser muito diferentes do habitual. Pela primeira vez, os alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos vão realizar as provas em plataformas digitais, ou seja, através dos computadores portáteis escolares.
Para o mesmo teste, as escolas vão poder dividir os estudantes em dois turnos. Os alunos devem usar os portáteis pessoais que foram entregues pelo Ministério da Educação, mas também podem usar os computadores das bibliotecas e salas de informática das escolas.
As provas podem ser feitas online ou offline, para evitar que os alunos sejam afetados por falhas de rede. Caso sejam feitos sem ligação à rede, será necessário descarregar os enunciados antes do início das provas.
Todos os alunos têm portáteis aptos para os exames?
Nem todos. Há pais que se recusam a aceitar os equipamentos, porque não se querem responsabilizar em caso de avarias.
Mas as escolas não se responsabilizam por eventuais danos?
Os prazos de garantia dos dispositivos que foram entregues aos alunos em 2021 estão prestes a terminar e terão de ser os pais a lidar com os custos das reparações.
Para resolver este problema, o presidente Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, sugere que o seguro escolar passe a cobrir o uso dos portáteis escolares.
Uma medida que, segundo o mesmo, já foi proposta ao Ministério da Educação.
Os riscos de eventuais falhas informáticas estão acautelados?
Não exatamente. À Renascença, Filinto Lima explica que existe um manual de procedimentos enviado pelo Governo às escolas.
No entanto, o presidente da ANDAEP avisa que é impossível que haja professores capazes de dar apoio informático em todas as escolas.
Os alunos estão preparados para fazerem as provas em computadores?
É uma dúvida dos diretores de escolas, que expressam preocupação com os alunos do 2.º ano, mais especificamente.
Segundo Filinto Lima, as crianças entre os seis e os sete anos ainda estão a aprender a escrever e a desenvolver a caligrafia, pelo que deveriam realizar provas escritas.