António Oliveira, mais conhecido como Toni, antiga glória do Benfica, considera que Bruno Lage veio trazer equilíbrio à equipa, ao assumir o comando técnico das águias.
“Com a entrada de Bruno Lage, o Benfica equilibrou-se do ponto de vista tático e também do ponto de vista da gestão dos recursos humanos, que ele tem feito de uma forma completamente oposta àquela que o Roger Schmidt impôs no Benfica”, afirma à Renascença.
Já segue a Bola Branca no WhatsApp? Nós explicamos como se faz
Na opinião do antigo futebolista e treinador, é preciso dar mais tempo ao novo técnico da Luz, para que possa implementar a sua estratégia.
“Não é com um estalar de dedos. Temos o exemplo ao lado do Sporting. Foram quatro anos e meio de Rubem Amorim que consolidam processos. No Benfica, há jogadores que têm quatro ou cinco meses de clube e três meses de Bruno Lage. É preciso consolidar processos, defensivos e ofensivos, para que a equipa se consolide e torne mais consistente. A mesma coisa também em relação ao Porto. Um treinador também jovem, boa comunicação, num tempo em que o Porto está de viragem, de mudanças. Parece que a palavra crise se instala com facilidade”, aponta.
Toni falava à Renascença no âmbito da cerimónia de apresentação do livro “António Simões – As Minhas Memórias”, da autoria do jornalista Rui Miguel Tovar.
Toni, que se cruzou com António Simões no Benfica, classifica-o como uma figura marcante do futebol português e internacional.
“Recordarei sempre o Mundial de 66, que é um marco no qual António Simões foi uma figura importante para o terceiro lugar que foi obtido”, refere.
Por outro lado, o antigo jogador lembra a relação de amizade que ficou, a partir de quando ambos se juntam no mesmo clube.
“Eu tinha chegado em 1968 ao Benfica, vindo de um clube ‘sui generis’ como era a Associação Académica de Coimbra, com 21 anos, e tive alguém que me ajudou a integrar numa equipa com a dimensão do Benfica. Cimentámos uma amizade que perdura até hoje e vai perdura até ao fim dos nossos dias”, afirma.
O livro “António Simões – As Minhas Memórias”, com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa, foi apresentado na terça-feira, no Palácio Galveias, em Lisboa, frente a uma plateia de amigos e adeptos do futebol.