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O ministro da Administração Interna admite levantar o estado de calamidade em 19 freguesias da região de Lisboa e passar para situação de contingência, que atualmente se aplica à restante Área Metropolitana. "As medidas adotadas estão a produzir efeitos", afirma Eduardo Cabrita.
Eduardo Cabrita falava esta segunda-feira aos jornalistas no final de uma reunião de acompanhamento da estratégia de prevenção e controlo na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
"Neste momento, estes cinco municípios têm indicadores que não os afastam significativamente dos restantes da Área Metropolitana. Por isso, admitimos que sejam todos eles colocados em situação de contingência, mas não significa nenhum abrandamento da atividade. A nossa resposta foi adequada", afirmou o ministro da Administração Interna.
O governante sublinha que as taxas de contágio nos cinco municípios com freguesias em estado de calamidade variam entre 0,7 e 0,8. Esta segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha afirmado que a Covid-19 continuava em tendência decrescente em Lisboa.
Os concelhos com freguesias em estado de calamidade devido à Covid-19 são Sintra, Amadora, Odivelas, Loures e Lisboa.
O ministro da Administração Interna considera que "não podemos baixar a guarda relativamente a esta atuação muito intensa e coordenada" tem que continuar.
“Queremos garantir um agosto com saúde e segurança, que nos permite projetar o regresso da atividade, sobretudo a reabertura do ano letivo com toda a segurança em setembro”, salienta Eduardo Cabrita.
O governante refere que o levantamento do estado de calamidade "não significa nenhum abrandamento da atividade", porque as equipas de vigilância multidisciplinares vão continuar o seu trabalho no terreno junto da população.
Com o fim do estado de calamidade, passam a ser permitidos ajuntamentos com dez pessoas, quando atualmente existe um limite de cinco.
O ministro da Administração Interna adiantou que, de qualquer forma, irão manter-se as restrições que neste momento são aplicadas na Área Metropolitana de Lisboa, como o encerramento generalizado dos estabelecimentos comerciais às 20h00 - à exceção dos supermercados, que podem funcionar até às 22h00, e espaços como farmácias -, e a manutenção da proibição do consumo de bebidas alcoólicas na via pública.
A generalidade de Portugal continental entrou no dia 1 de julho em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da AML, que passou para o estado de contingência.
Nesta zona, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos - Loures, Amadora, Odivelas, Lisboa e Sintra - permaneceram em estado de calamidade.
As 19 freguesias que estão em estado de calamidade são: Santa Clara (Lisboa), as quatro freguesias do município de Odivelas (Odivelas e as uniões de freguesias de Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, e Ramada e Caneças), as seis freguesias do concelho da Amadora (Alfragide, Águas Livres, Encosta do Sol, Mina de Água, Venteira e União de Freguesias de Falagueira e Venda Nova), seis freguesias de Sintra (uniões de freguesias de Queluz e Belas, Massamá e Monte Abraão, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins e a freguesia de Rio de Mouro) e duas freguesias de Loures (uniões de freguesias de Sacavém e Prior Velho, e de Camarate, Unhos e Apelação).
Portugal regista 1.719 mortes (mais duas que no domingo) e 50.299 casos (mais 135, um aumento de 0,3%) confirmados de infeção com Covid-19, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Este é o segundo melhor dia, em termos do número de novos casos, desde 11 de maio. Contudo, a tendência de decréscimo à segunda-feira não é recente e pode ser explicada pela redução no número de testes realizados durante o fim de semana. Apenas um em cada quatro laboratórios referenciados pela DGS fazem testes de Covid-19 ao domingo.
MAPA DA COVID-19