A Índia tornou-se, este ano, o país do mundo com maior número de habitantes, mas os 1.428 milhões de pessoas que ali vivem poderão ter de reaprender o nome do seu território, depois de, na recente cimeira do G20, em documentos oficiais, Droupadi Murmu ter surgido designada como “Presidente de Bahrat”.
O nome não foi inventado agora. A Constituição indiana também se refere à Índia como Bharat, embora isso aconteça apenas uma vez. No Artigo 1.º diz-se que "a Índia, que é Bharat, será uma União de Estados". Em todos os outros artigos da Constituição, o país é referido como Índia.
A mudança está longe de estar confirmada e tem contornos de guerra política, mas, a acontecer, juntará a Índia a uma longa lista de países que já mudaram o seu nome.
Geograficamente mais próximos de Portugal, a antes conhecida Holanda é, desde 2020, oficialmente designada de Países Baixos. Antes, em 2016, a República Checa decidiu encurtar o seu nome para Chéquia.
Na Ásia, também há exemplos de países que mudaram de nome. O atual Sri Lanka começou por ser conhecido como Ceilão, no tempo em que era uma colónia portuguesa, e manteve a designação mesmo quando passou a ser colónia de outros países. Em 1972, quando ganhou independência, passou a Sri Lanka, mas oficialmente só em 2011 é que o nome anterior desapareceu de documentos oficiais.
Outro clássico entre os países que mudaram de nome é Myanmar que, até 1989, era conhecido como Birmânia; a Junta Militar considerou que esse nome era um resquício do colonialismo britânico que tinha de ser eliminado.
Em África, em 1984, nasceu o país Burkina Faso, até então conhecido como República do Alto Volta. Também no continente africano, durante mais de 25 anos, existiu o Zaire, território no interior do continente que, em 1997, passou a ser conhecido como República Democrática do Congo (RDC).
Não muito longe deste encontra-se uma das poucas monarquias africanas: o Reino de Eswatini, que passou a ser assim conhecido em 2018, deixando para trás a designação de Suazilândia.