O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, acredita que a SAD do Benfica vai acabar por ser constituída arguida no processo “e-toupeira”.
No habitual programa no Porto Canal, Francisco J. Marques considera que este caso "põe em causa os próprios alicerces do regime português”.
“Violar o sistema informático da justiça, aceder a processos que estão sob investigação e segredo de justiça é por em causa o regime democrático. Não fico surpreendido com isto porque há muito que dizemos que o Benfica criou um esquema para seu benefício. Isto é de uma gravidade enorme."
Ao “Universo Porto Bancada”, o diretor de comunicação dos dragões lembra que "atualmente temos o presidente do Benfica arguido com suspeitas de corrupção no caso Lex, Fernando Tavares, vice-presidente, arguido também no mesmo processo; agora o diretor do departamento jurídico, arguido por suspeitas de corrupção no e-toupeira. E que mais haverá? Porque há mais investigações em curso”.
“Quando dizíamos que era o maior escândalo do futebol português não estávamos a exagerar nem a mentir. Neste momento já ultrapassa e muito o futebol português porque a operação Lex tem muito a ver com o sistema judicial", acrescentou.
O assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, é arguido no caso “e-toupeira” e está indiciado por um crime de corrupção ativa e ainda, em coautoria com José Silva, funcionário judicial, de quatro crimes de violação de segredo de justiça.
Francisco J. Marques reforça que “segundo as notícias, o primeiro acesso dá-se uma semana depois do início do caso dos emails, podendo dessa forma boicotar a investigação. Há uma cambada de malfeitores que acha que pode fazer tudo e que tudo lhes é permitido. Com o sentimento de impunidade e com a cumplicidade da grande parte da comunicação social chegamos a isto”.
O diretor de comunicação azul e branco pergunta: Quantas vezes a PJ foi à Luz e quantas mais irá nos próximos tempos?”
Francisco J. Marques termina considerando que “a credibilidade do Benfica está ferida de morte".