A eventual sucessão de António Costa, cuja necessidade o próprio remete para a decisão a tomar em 2023, toma conta do congresso do PS, que decorre em Portimão. Também motiva as primeiras declarações à chegada ao pavilhão, com o presidente socialista a justificar as suas decisões e a responder a Rui Rio.
O presidente do PSD disse que, quando António Costa sair, o “PS parte-se todo”. “Presumo apenas que o líder da oposição diz isso por experiência própria, mas o PS tem evidenciado que é diferente do PSD”, responde Carlos César, à entrada para o congresso que decorre este fim de semana no Algarve.
O presidente do PS escolheu sentar em lugar de destaque no pavilhão de Portimão quatro eventuais sucessores de António Costa, uma escolha que diz ser natural, mas sobre a qual admite interpretações.
“Chamei aqueles que têm maior notoriedade, a maior parte dos quais já faziam parte da última mesa do congresso e estão ali dando conta na linha da frente dando conta do nosso contributo com os melhores e para fazer o melhor”, começou por justificar.
Questionado pela Renascença sobre se essa chamada é um sinal da atual direção socialista, Carlos César diz que não, mas reconhece que pode ter essa leitura.
“Não há nenhum sinal sobre essa matéria, mas admito que seja legitimo que, quando somos confrontados com uma fotografia, façamos comentários sobre ela”, respondeu o presidente do PS que vai discursar logo na abertura do congresso.