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A Feira do Livro de Lisboa homenageia Agustina Bessa-Luís no sábado, dia 8. A iniciativa é da atual editora da escritora, mas que, segundo o editor Francisco Vale, “transcende a própria editora”.
No espaço da Relógio d'Água, a partir das 16h30, autores como Pedro Mexia e Hélia Correia irão ler Agustina.
“Estão confirmadas presenças como a escritora Hélia Correia, Gonçalo M. Tavares, João Miguel Fernando Jorge, Pedro Mexia. As pessoas podem ler algo que escreveram ou ler um fragmento da Agustina ou fazer uma intervenção própria sobre a autora”, explica Francisco Vale à Renascença.
O editor adianta que, até ao final do ano, serão publicados alguns inéditos da escritora e reeditadas algumas obras, como o “livro infanto-juvenil 'Vento, Areia e Amoras Bravas'” e o “'Sermão de Fogo', que é um dos mais importantes romances da Agustina e nunca foi reeditado”.
“Vento, Areia e Amoras Bravas “é, ao mesmo tempo, uma biografia da Agustina enquanto criança, enquanto adolescente”, explica Francisco Vale, adiantando que, no que toca aos inéditos, parte deles foram escritos quando Agustina “viveu em Coimbra, durante cinco anos”.
Nas declarações à Renascença, o atual editor de Agustina Bessa-Luís desafia os leitores a descobrirem uma obra que classifica como "imensa, estranha, rica e indispensável".
Agustina Bessa-Luís morreu na segunda-feira, no Porto, aos 96 anos e deixa uma vasta e profunda obra.
A cerimónia fúnebre decorre esta terça-feira à tarde na Sé do Porto, presidida pelo bispo D. Manuel Linda, seguindo o funeral para o cemitério do Peso da Régua, em Vila Real.
O Governo decretou para esta terça-feira dia de luto nacional.