​Autarca defende nomeação de namorado de secretária de Estado. “O Rui tem capacidade fora do normal”
12-01-2023 - 22:25
 • Ana Carrilho

Presidente da Câmara do Barreiro defende a escolha de Rui Laranjeira para coordenador da Proteção Civil municipal.

O presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, garante que a nomeação de Rui Laranjeira para coordenador da Proteção Civil não está relacionada com o facto de ser namorado da secretária de Estado, Patrícia Gaspar.

Em declarações à Renascença, o autarca explica que o anterior coordenador de Proteção Civil Municipal pediu a exoneração do cargo, por motivos pessoais, e foi preciso encontrar uma solução rápida.

“Aquilo que fizemos foi encontrar uma solução de alguém que preenchia os requisitos legais, mas que também tem uma capacidade e um conhecimento fora do normal. O Rui [Laranjeira] tem praticamente 30 anos ao serviço do sistema de Proteção Civil, enquanto comandante dos Bombeiros e outras funções nos Bombeiros e na Autoridade de Proteção Civil”, afirma Frederico Rosa.

Rui Laranjeira trabalhava atualmente na Casa Ermelinda Freitas, ligado à vinha, e foi o escolhido para preencher a vaga deixada em aberto na Proteção Civil Municipal.

O presidente da Câmara do Barreiro garante que foi tudo definido em reuniões de câmara, sem condições especiais para Rui Laranjeira.

Frederico Rosa garante que a questão da ligação pessoal à secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, nunca foi abordada, nem com Rui Laranjeira nem com a governante.

O caso acaba por surgir no meio de outros divulgados nos últimos dias e o autarca barreirense não tem dúvidas de que o assunto será tema de discussão política, muito provavelmente já na reunião da Assembleia Municipal agendada para esta quinta-feira à noite.

Rui Laranjeira deverá iniciar funções na próxima segunda-feira, dia 16.

A notícia foi avançada pela Sábado. De acordo com a revista, nas últimas eleições autárquicas, Patrícia Gaspar foi mandatária do socialista Frederico Rosa, que viria a ser eleito no Barreiro.

A Renascença contactou a secretária de Estado da Proteção Civil, que para já não se quer pronunciar sobre o assunto.