O eurodeputado socialista Francisco Assis considera necessário mudar a forma como funcionam as casas abrigo nos casos de violência doméstica. O debate surge a propósito do primeiro dia de luto nacional por estas vítimas.
"As casas abrigo são em si mesmo uma boa iniciativa, mas a forma como estão a funcionar acaba por ter muitas vezes efeitos perversos, porque afasta em absoluto as mulheres vítimas de violência doméstica de qualquer tipo de convivência com a sua família e com o seu meio envolvente e isso torna-se, do ponto de visto psicológico insuportável para elas que acabam por não querer avançar para soluções dessa natureza", argumenta o comentador da Renascença.
Já o professor universitário João Taborda da Gama defende a necessidade de haver sinais intransigentes para com este tipo de crimes.
"Este tipo de crimes é tão hediondo que tem uma parte de cultural e a cultura também se muda com sinais intransigentes", diz.
Em três meses, já foram mortas 12 mulheres.