O Presidente da República acredita que ainda é possível chegar a um acordo entre professores e Ministério da Educação para evitar um "custo enorme" para os alunos.
"Continuo a acreditar que se deve fazer tudo para haver esse diálogo e acordo. Se continua muito tempo aquilo que tem sido vivido pelos professores, pais, escolas, alunos, chegar ao fim do mês, ir até ao Carnaval, então estamos perante um custo para um ano letivo que é enorme. E já é o terceiro ano letivo com problemas, o que marca a qualidade do nosso ensino", declarou esta sexta-feira Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado se as propostas do Governo aos sindicatos de professores são razoáveis, o Presidente da República diz que o "grande problema" é a recuperação do tempo perdido.
"Pode discutir-se se as propostas devem ir mais longe e é natural que os sindicatos digam que se podem ir mais longe do que aquilo que foi. Agora os campos tratados pelo Governo - exceto o problema da recuperação do tempo perdido, eu disse sempre que esse era o grande problema", afirmou.
"Os outros todos são legítimos e eram campos em que o Governo já cedeu alguma coisa e eu acho que podia continuar o diálogo e a aproximação com os professores, que é o problema da distância relativamente ao domicílio, os escalões, a burocracia, a vinculação de maior número de professores para reduzir a precariedade. São problemas sensíveis dos professores e o Governo mostrou, pelo menos agora, de forma escrita que está disposto a negociar e ver até que ponto nessa negociação pode ser possível aproximar as posições", conclui Marcelo Rebelo de Sousa.