Apesar da chuva intensa das últimas semanas, que permitiu recuperar as reservas de água nas barragens nacionais, em Carrazeda de Ansiães vai continuar a fazer-se o transporte de água desde o rio Tua em camiões-cisterna para abastecer as populações.
A barragem de Fontelonga que abastece o concelho só não entrou em rutura no final de outubro porque os bombeiros transportaram todos os dias úteis cerca de 900 mil litros de água recolhidos no rio Tua. A situação melhorou, mas não o suficiente para se “baixar a guarda”.
“A situação é de algum alívio, mas não é de sossego”, diz à Renascença o presidente da autarquia, João Gonçalves, acrescentando que ainda “não está garantida a quantidade suficiente para o verão”.
“Ainda não estamos totalmente sossegados”, reitera.
O nível de água na barragem já parou de descer, está agora a 25% da sua capacidade, mas ainda não é suficiente para assegurar as necessidades das populações. Por isso - assinala o autarca - a água "continua a ser transportada, não para o abastecimento total, mas para o complementar”.
“Vamos monitorizando a entrada de água na albufeira e estamos na expectativa. Quando a albufeira tiver o nível que nos permita abordar o verão com otimismo e com segurança aí pararemos o processo de reforço”, adianta.
A situação vai ser reavaliada na próxima semana, mas tudo indica que os camiões-cisterna vão continuar a transportar água do rio Tua para a Estação de Tratamento de Águas, como foi adjudicado em setembro, pelo menos durante o mês de janeiro.
Carrazeda de Ansiães foi o único concelho do país a precisar de abastecimento de água na totalidade. Esta operação custa 380 mil euros, financiados pelo Ministério do Ambiente através do Fundo Ambiental.