Chega aponta conflito de interesses a presidente de holding da Defesa
30-09-2023 - 16:09
• Susana Madureira Martins
Partido liderado por André Ventura propõe que presidente da IdD seja afastada ou se "contrate outra entidade" que não seja o Tribunal de Contas (TdC)" para fazer a auditoria" àquela empresa pública da área da Defesa. Alexandra Pessanha também é quadro do (TdC).
O Chega considera que há "sem sombra de dúvida" um conflito de interesses em torno de Alexandra Pessanha, presidente da idD Portugal Defence, que também é quadro do Tribunal de Contas (TdC), entidade a quem o Governo pediu uma auditoria àquela empresa pública, na sequência da operação Tempestade Perfeita.
Em resposta a perguntas colocadas pela Renascença, o partido liderado por André Ventura refere mesmo que ou Alexandra Pessanha "é afastada da empresa e mantém-se o TdC como entidade auditora, ou se mantém Alexandra Pessanha e se contrata outra entidade para fazer a auditoria".
A necessidade de Alexandra Pessanha fazer esta escolha surge "a bem da transparência de um processo que já tem suspeitas e opacidade de sobra", salienta o Chega, numa referência ao caso Tempestade Perfeita.
Após a investigação da Renascença, o partido liderado por André Ventura dá razão às dúvidas levantadas pela Frente Cívica sobre a dupla condição de Alexandra Pessanha - presidente da idD e quadro do TdC, precisamente o Tribunal que está a auditar esta empresa pública.
"Como refere a Frente Cívica, existe grande probabilidade de as pessoas que compõem a equipa de auditoria da parte do Tribunal de Contas já terem trabalhado com Alexandra Pessanha, sendo, por isso, muito complicado garantir a independência desta auditoria", conclui a nota enviada à Renascença pelo Chega.
Depois de, em resposta à Renascença, PS e PSD terem afastado, qualquer eventual conflito de interesses torno deste caso, o Chega vem manifestar dúvidas por esta situação que envolve Alexandra Pessanha.