O primeiro-ministro António Costa escolheu Cabo Verde, onde aterrou na madrugada de terça-feira, para uma visita oficial carregada de simbolismo. Apesar de a chegada ter ficado marcada pela notícia e pelas reacções à morte de Almeida Santos, os dois primeiros-ministros fizeram questão de salientar a importância desta viagem.
"É uma visita importantíssima para Cabo Verde", afirmou o primeiro-ministro cabo-verdiano depois de receber António Costa no aeroporto Nelson Mandela, na cidade da Praia. A visita "demonstra a excelência das relações entre os dois países", continuou José Maria das Neves, que quer aproveitar estes dois dias para alargar a cooperação entre os dois países em áreas como as energias renováveis, o ensino superior e a economia azul.
António Costa, por seu lado, anunciou que nesta visita será aberto o processo de elaboração de um novo plano de cooperação entre os dois países e acrescentou que fez questão que fosse aberto com José Maria das Neves, no cargo que exerce há três mandatos.
O primeiro-ministro português justificou a escolha de Cabo Verde para a sua primeira visita com a "excelência das relações entre os dois países" e como um sinal da "grande prioridade que a Lusofonia tem na nossa política externa". António Costa acrescentou ainda que quer homenagear a comunidade cabo-verdiana que vive em Portugal.
Esta visita inclui, além dia vários encontros institucionais, uma homenagem aos presos políticos que foram enviados para o Tarrafal e a inauguração de um museu naquele que foi o mais temido campo de prisioneiros do Estado Novo, conhecido como o "campo da morte lenta".