Caldas da Rainha em protesto contra novo hospital no Bombarral
08-07-2023 - 10:30
 • Cristina Nascimento , Ricardo Vieira

Em declarações à Renascença, o o autarca Vítor Marques explica que este é um dia de luto e de luta por uma decisão que, acredita, ainda pode ser revertida.

Os edifícios municipais das Caldas da Rainha acordaram este sábado com faixas negras, em protesto pela decisão tomada pelo Ministério da Saúde de construir o novo Hospital do Oeste no Bombarral.

Este sábado de manhã vai realizar-se uma concentração de protesto e os habitantes das Caldas foram convidados a participar vestindo peças de roupa negra.

Em declarações à Renascença, o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, explica que este é um dia de luto e de luta por uma decisão que, acredita, ainda pode ser revertida.

“A decisão foi tomada de muito ânimo leve pelo ministro da Saúde. Não quero acreditar que o primeiro-ministro vá contemplar esta decisão sem refletir e sem ver aquilo que nós colocamos na mesa para que, realmente, possa tomar uma decisão”, afirma o autarca.

“Não acreditamos que a decisão seja tomada e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para fazer ou vir a nossa voz”, avisa Vítor Marques.

A 27 de junho, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que o novo Hospital do Oeste vai ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos.

"Não há nenhuma dúvida de que a população do Oeste merece um hospital muito mais diferenciado e de muito maior dimensão", disse Manuel Pizarro, nas Caldas da Rainha, onde anunciou a escolha da Quinta do Falcão, no Bombarral, distrito de Leiria, como a melhor localização para a nova unidade hospitalar.

A decisão, comunicada hoje aos 12 municípios do Oeste "não é unânime", mas é aquela que o Ministério considerou a ideal dada a localização "no centro geográfico da região, com uma belíssima acessibilidade rodoviária, a dois minutos da autoestrada 8 e a menos de quatro minutos de uma estação de caminho-de-ferro", explicou o governante.