Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A diretora-geral da Saúde quer muito ser vacinada contra a Covid-19, apesar de, ao que tudo indica, gozar de imunidade natural durante cerca de três meses por já ter sido infetada.
Na sua primeira conferência de imprensa desde que esteve doente com Covid-19, Graça Freitas falou dos sintomas que teve, da forma como percebeu que estava doente e de como foi acompanhada pelo SNS, elogiando sempre os profissionais que lhe iam telefonando, “não porque sou diretora-geral da Saúde, mas porque sou cidadã deste país”.
Graça Freitas tenciona agora fazer o teste serológico, para ver se ficou com imunidade por causa da infeção, mas que independentemente do resultado vai ser vacinada. “Quero muito ser vacinada” para "reforçar a imunidade natural que possa ter com a da vacina".
A diretora-geral da Saúde explicou que não faz parte dos primeiros grupos a receber a vacina de qualquer maneira, por não ser nem de um grupo prioritário, nem de um grupo de especial risco e que por isso vai esperar “calmamente” a sua vez.
Acompanhar a perceção
Confrontada com o facto de sondagens revelarem que apenas 50 a 60% das pessoas em Portugal revelarem confiança na vacina contra a Covid-19, Graça Freitas diz que este é um fenómeno que se coloca a nível mundial e que tem de ser estudado, mas assegura que é natural que os números aumentem na mesma medida em que as pessoas vão vendo que as vacinas não têm riscos significativos e resultam.
“Temos de olhar para as vacinas como algo que evita e reduz a doença. Não há ninguém que, se confiar no valor, não esteja disposto a ser vacinado por um produto eficaz, seguro e de qualidade”, disse.
Mas, mais importante, “as vacinas podem salvar vidas, as vacinas salvam vidas”, sublinhou.
“As pessoas medem os benefícios contra os receios e à medida que as vacinas vão sendo dadas e que as pessoas percebem da sua segurança e eficácia, este número, que pode começar por ser de 50 ou 60% tende a subir”, diz, acrescentando que Portugal “sempre teve uma elevadíssima confiança na vacinação”.
A diretora-geral da Saúde repetiu as antigas palavras de ordem da saúde, de que no que diz respeito a vacinas há três palavras fundamentais: "Vacinar, vacinar e vacinar".