Nuno Lobo, recandidato à presidência do FC Porto, nas eleições de 2024, não tem dúvidas: Fernando Gomes, administrador financeiro da Porto SAD, prestou um mau serviço ao admitir a necessidade imperiosa de vender jogadores até 30 de junho.
O empresário e sócio do FC Porto há 31 anos faz notar, em entrevista a Bola Branca, que não é a primeira vez que a SAD azul e branca é obrigada a vender jogadores para não correr riscos e entende que, ao anunciar publicamente essa necessidade, Fernando Gomes mais não fez que dar argumentos aos clubes compradores.
"Com a comunicação do administrador da SAD, Fernando Gomes, que revelou a necessidade de vender, desvalorizou completamente os ativos do FC Porto. Relativamente a vendas ou não vendas é um processo que infelizmente há uns anos persegue o FC Porto, e até dia 30 pouco haverá a dizer", afirma.
A FC Porto SAD precisa de 50 milhões de euros para manter as contas dentro dos parâmetros de “fair-play” financeiro requeridos pela UEFA.
Diogo Costa, guarda-redes de 23 anos, tem uma cláusula de rescisão de 75 milhões de euros. O Bayern é o mais recente clube interessado, tal como Manchester United e Chelsea.
Nuno Lobo não aceita que Pinto da Costa venda abaixo dos 75 milhões de euros da cláusula.
"Conforme disse o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa nas últimas entrevistas, se os clubes baterem a cláusula de rescisão - foi a palavra dele, e o presidente não vai mentir - os jogadores têm de sair. Batendo a cláusula têm de sair. Agora, não vou aceitar, quando a cláusula de Diogo Costa está nos 75 milhões de euros, que se dê o dito por não dito, isso não vou aceitar, e acho que todo o universo azul e branco não o irá aceitar", assume.
A um ano das eleições no FC Porto, Nuno Lobo anunciou que volta a ir a votos, tal como tinha acontecido em 2020. O sócio portista explica em Bola Branca o que o motiva.
"Apesar dos títulos que o FC Porto tem conseguido graças a Sérgio Conceição, não posso esquecer que são anos atrás de anos nesta letargia e passividade. É isso que eu não quero. Eu contínuo à espera, como muitos sócios do FC Porto, da tão anunciada Academia e que não seja virtual, seja real. Espero que este sucesso desportivo que temos tido às custas do nosso grande timoneiro, Sérgio Conceição, que não tenhamos sempre de andar, vende não vende. Eu sei que os clubes vivem disso, mas lembro que num passado não muito longínquo as vendas astronómicas que fazíamos, e hoje nada disso acontece no FC Porto, e é isto que nós queremos ver mudado. Tanto a nível financeiro, social, desportivo e económico, que o FC Porto acompanhe esse futuro que é presente", finaliza.