O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu este domingo respeito pelas tradições militares, considerando que "não são negociáveis".
"Hoje o socialismo colocou Portugal de luto pelo ataque que fez a todos os nossos militares, onde durante a parada militar as nossas tropas paraquedistas foram impedidas de cantar o seu hino de guerra por este Governo socialista e pelas suas imposições do politicamente correto”, disse Francisco Rodrigues dos Santos, em Portimão.
O dirigente centrista referia-se à alegada proibição de os militares das forças especiais que hoje desfilaram em Aveiro, no dia do Exército, cantarem o hino “Pátria Mãe”, motivando um protesto por parte de antigos militares paraquedistas, que vaiaram o ministro da Defesa e o Chefe do Estado-Maior do Exército.
Ao intervir na sessão de encerramento da escola de quadros da Juventude Popular, em Faro, o líder dos centristas defendeu que as tradições militares “não são negociáveis” e os valores da instituição militar “não são modificáveis”.
Francisco Rodrigues dos Santos adiantou que Portugal “deve muito às suas Forças Armadas”, cujas tradições “devem ser respeitadas pelo passado do serviço ao país e pelo seu histórico valor corajoso de sacrificar a sua vida para defender a Bandeira”.
Centenas de ex-paraquedistas vaiaram e pediram hoje a demissão do ministro da Defesa e do Chefe do Estado Maior do Exército durante a cerimónia militar nas comemorações do Dia do Exército, em Aveiro.
A iniciativa, que se realizou esta manhã, ficou marcada pelo protesto dos ex-paraquedistas, a que se juntaram antigos comandos, contra a alegada proibição de os militares no ativo cantarem o “Pátria Mãe”, o hino dos paraquedistas, durante o desfile militar.
À chegada à parada, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, foi recebido por um coro de assobios que se prolongaram durante os discursos do governante e do Chefe do Estado-Maior do Exército, José Nunes da Fonseca, que também foi vaiado.
No final da cerimónia, a PSP identificou vários dos antigos militares que se encontravam no protesto.
Durante praticamente toda a cerimónia ouviram-se gritos de “demissão”, “deixa os homens cantar” e “palhaço”, intervalados com cânticos e o brado dos paraquedistas.