O advogado dos portugueses detidos em Espanha por suspeita de violação vai recorrer para um tribunal superior, após ver recusado o recurso que pedia a sua libertação e que, na sua opinião, se deveu a uma "interpretação tendenciosa" da juíza.
Os dois suspeitos foram detidos a 24 de julho, com mais outros dois cidadãos portugueses, por suposta violação e abusos sexuais a duas mulheres de 22 e 23 anos, numa pensão em Gijón, no norte de Espanha.
Dois dos suspeitos foram libertados e regressaram a Portugal, enquanto os outros permanecem detidos no centro penitenciário das Astúrias, após o juiz ter decretado a sua prisão preventiva, a 26 de julho, sem direito a fiança.
O advogado dos portugueses apresentou um recurso para obter a libertação dos dois suspeitos, mas viu a sua pretensão ser recusada por uma juíza que considerou que ainda existe o risco de fuga e a existência dos crimes acusados.
Em declarações à agência Lusa, o advogado dos portugueses detidos, Germán Inclán, afirmou que o recurso foi negado devido a "uma interpretação tendenciosa da juíza".
Na opinião do advogado dos dois suspeitos de violação, a juíza "afastou-se da equidistância e tomou partido para apoiar a versão dos queixosos, sem levar em conta certos elementos objetivos que se encontram no processo e que podem ser relevantes no recurso".
O causídico disse que irá apresentar novo recurso para tribunal superior.