O Rei Felipe VI de Espanha decidiu, esta terça-feira, propor a investidura de Pedro Sánchez, presidente dos socialistas e o segundo candidato mais votado nas eleições gerais de final de julho.
A notícia surge dias depois de Alberto Nuñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP) que venceu as eleições sem maioria, ter falhado a segunda e última votação de investidura no Congresso espanhol.
Depois de ter ouvido na segunda-feira a Coligação Canária, a União do Povo Navarro, o Partido Nacionalista Basco, a plataforma de esquerda e extrema-esquerda Somar e o partido de extrema-direita VOX, o monarca recebeu esta manhã os líderes do Partido Socialista espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, e do Partido Popular (PP, direita) Alberto Núñez Feijóo.
Ainda esta terça-feira, Sánchez deverá apresentar os pormenores da sua proposta de Governo. Para conseguir formá-lo, precisa do apoio dos partidos independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco, bem como do recém-formado Sumar.
Em conferência de imprensa, numa primeira reação à indigitação, Sánchez disse sentir-se "honrado" e também "responsável junto da sociedade espanhola".
O socialista tem afirmado repetidamente que acredita ter condições para reunir os apoios necessários no Parlamento para ser reconduzido no cargo de primeiro-ministro.
Sánchez diz que já demonstrou isso mesmo em 17 de agosto, quando os socialistas conseguiram ficar com a presidência do parlamento graças ao apoio dos partidos de esquerda e das forças nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.
O Parlamento tem até 27 de novembro para eleger um novo chefe de Governo e evitar novas eleições antecipadas.
Espanha já repetiu eleições duas vezes, em 2016 e 2019, por nenhum candidato a primeiro-ministro ter reunido os apoios necessários no Parlamento após vitórias sem maioria de votos nas urnas.
[atualizado às 14h11]