A Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP) estima que, por causa da escalada dos preços dos combustíveis, os transportadores de passageiros só este ano vão ter um encargo adicional de 50 milhões de euros.
O presidente da associação afirma ser “uma verba incomportável para as empresas”.
Sobre os apoios anunciados pelo Governo, Luís Cabaço Martins diz que a medida adotada pelo Governo é para toda a população, não sendo exclusiva para o transporte público. “É uma medida mitigadora, que cobre cerca de 10 milhões de euros”.
Garante que vai levar estas contas para a reunião com o Governo, agendada para quinta-feira, ao mesmo tempo que vai defender outras medidas: como a isenção da taxa de carbono e, acima de tudo, o gasóleo profissional para os transportadores de passageiros.
“É uma medida que já tarda, que temos já para o setor de mercadorias há já alguns anos e que é absolutamente fundamental dá-la ao transporte público de passageiros, como uma medida de discriminação positiva”, argumenta.
Cabaço Martins considera que esta medida deve ser “inserida numa lógica, numa estratégia de apoiar o transporte público”, que permita “, dizer às pessoas para utilizarem menos o seu carro, menos o carro particular, e usarem mais o transporte público”.
O ministro do Ambiente diz que há vários indicadores que a crise energética vai passar, por isso, o desconto nos combustíveis deve ser temporário. José Matos Fernandes garante que a devolução feita a partir da plataforma IVAucher foi da responsabilidade do Ministério das Finanças.
O Governo vai avançar com um desconto de dez cêntimos por litro nos combustíveis até março. O reembolso será feito às famílias através da plataforma IVAucher.
A medida faz parte do pacote extraordinário anunciado pelo ministro das Finanças para ajudar a minimizar a escalada dos preços da gasolina e gasóleo. No máximo, a poupança fica nos cinco euros por mês.