Tempo contado para os professores… ou para o Governo?
03-05-2019 - 11:44

A ameaça de crise política em Portugal, na sequência da coligação negativa para a reposição do tempo de serviço dos professores, é um dos temas deste “Visto de Fora”.

Na atualidade europeia, destaque para o pós-eleições em Espanha e para a pré-campanha para o Parlamento Europeu.

Será viável um Governo de Sanchez sozinhp? Para Olivier, foi surpreendente o resultado do PSOE. O francês acha mesmo que "há dois países neste momento que dão inveja aos socialistas franceses: Espanha e Portugal". Porque em França aos socialistas não foram além dos 6% na 1ª volta das Presidenciais. E há dois países, Espanha e Portugal, onde conseguem ter resultados bastante bons. Olivier tem dúvidas sobre os possíveis parceiros de coligação com PSOE e acha que vão ser necessários os independentistas da Catalunha, o que põe Sanchez numa posição delicada, tendo em conta que decorre um julgamento contra independentistas que pode resultar em penas pesadas. Dado o contexto, o correspondente francês deseja "sorte a Sanchez".

Begoña Iñiguez acha que se vai entrar agora numa fase de transição, sem que haja grandes desenvolvimentos antes das Europeias do final do mês. Em princípio, Sanchez quer governar sozinho, mas "a legislatura vai ser muito pesada", avisa a correspondente. Begoña acha que Sanchez poderá ter de governar com acordos pontuais à Esquerda e à Direita, mas sobretudo com o Ciudadanos. "Pode vir a ser um exemplo para o resto da Europa", afirma.

No que respeita à pré-campanha para as Europeias, Olivier diz temer uma elevadíssima abstenção, numa altura em que a Europa tem tanto de tão importante para decidir. "Não podemos exigir tanta coisa da Europa, sobretudo fundos para ajudar na vida de cada Estado-,membro, mas depois alhear-te das decisões que se tomam em Bruxelas", diz o francês.

Begoña e Olivier olham ainda para os 15 anos do alargamento da União aos países do Leste europeu. Até agora foi o maior alargamento de sempre da UE, 10 países, mas importa perceber se compensou. Para Olivier, compensou para estes países porque cresceram bastante, mas na actualidade põem-se problemas de integração. Já Begoña acha que o grande desafio actual é os 27 países se manterem unidos para serem mais fortes. No mundo actual, a UE neste momento, é "um bom exemplo de entendimento para todos os outros", segundo a espanhola.

Ao nível interno, Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici debatem quem tem razão – se o Governo ou os partidos da oposição – e quais as consequências para a governabilidade do país da atual “crise dos professores”.

Também nesta edição, o enfarte sofrido por Iker Casillas e o anunciado corte de sal, açúcar e gorduras nos alimentos.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus